Hoje, nessa solenidade profunda, onde o céu e a terra se unem para atualizar o Sacrifício de Cristo, quero começar essa pregação com as palavras que a Igreja concede a nós padres falar. E são essas: “Estando para ser entregue, Ele tomando o pão disse: ‘Tomai e comei, isto é o meu Corpo que será entregue por vós’. Depois, tomou o cálice e disse: ‘Tomai todos e bebei, este é o cálice do meu Sangue, o Sangue da nova e eterna aliança que será entregue por vós e por todos para a remissão dos pecados’. E disse ainda ‘Fazei isto em memória de mim”.
Nesse ano eucarístico, dentro de nossa alma tem que estar vivo o desejo de adorar o Senhor. A Quinta–feira Santa é a última noite mortal do Filho de Deus. Ele nos deu o Seu próprio Corpo e Sangue. Jesus não brincou. Ele deu à Igreja o sacrifício perfeito.
Ele, como criador, toma o pão que é criado. E ele transubstancia o pão, e dá à Igreja.
Posso cantar com a minha vida essa beleza de que quem come o corpo do Senhor terá a vida eterna. O Sacrifício de Cristo é a sua salvação, mas isso não te pertence, pertence à Igreja, e ela O guarda e nos dá essa graça. Ela diz: “Filho, vem e eu vou dar a você verdadeiramente o Corpo e o Sangue de Jesus”.
Eu vos pergunto: O que podemos fazer sem a Igreja? Para onde vamos sem ela? Não basta ler somente a Palavra de Deus e esquecer que a Missa contem o sentimento, contem a sua carne vivificadora que dá a vida .
Mas, muitos católicos não sabem o valor da Santa Missa e acabam comparando a Santa Missa com qualquer outra reunião de outras Igrejas. E como não falar da traição de Judas? Traição dolorida, que custou a Ele. Jesus tem sentimento e te digo: você não comunga um Deus morto, você comunga um Deus sensível e que sofre no altar quando vê seus filhos O traindo.
Precisamos combater da nossa alma qualquer tipo de traição. Jesus Sacramentado não perece devoção, Ele merece toda adoração da nossa alma.
Hoje, lembramos dos Padres que foram embora e deixaram o Cálice. Sacerdotes que não agüentaram o peso do Cálice. O padre é uma pessoa de reparação e com o tempo, o Cálice vai pesando. E quantas paróquias estão sem padre, porque muitos padres não querem mais celebrar o Santo Sacrifício.
Mas eu te peço, leigo, que olhe para o padre como um homem santificador, que luta para dar à Igreja o sacrifício redentor. Digo que sem a missa o mundo vai perecer, e se a ira de Deus não caiu sobre o mundo é porque existem comungantes que adoram Jesus com a alma.
A fé católica é muito linda. Quando comungamos estamos comungando o Corpo de Jesus.
Por isso, católicos, vocês precisam ter pela graça de Deus um coração adorador. O pregador tem que ter autoridade de falar se não o demônio rouba as ovelhas.
Ninguém pode dizer que na hora da Missa o Sangue de Jesus não está ali. A Igreja precisa que você pregue com o seu sangue e não como uma pessoa que vai à Missa de qualquer maneira.
E podemos gritar com toda as nossas forças que Deus é o nosso alimento. Quero agradecer a Jesus porque essa Quinta-feira Santa é o primeiro dia que prego aqui no Centro de Evangelização. E isso é um presente de Deus para mim e um presente meu para Ele.
Quero partilhar com vocês o que aconteceu nesse retiro de quaresma que passei somente com Jesus. Em um dos dias, na hora da proclamação do Evangelho, as lágrimas vieram aos olhos, porque senti todo seu amor por mim, principalmente na hora da Santa Missa.
Na hora da consagração, principalmente, eu sei que não sou eu e, às vezes, me pergunto onde estou e quem sou. Na hora da consagração chorei mais ainda, mas sou muito feliz por poder estar proclamando isso, e peço que Jesus possa me manter fiel até o fim. Eu disse a Jesus que O amo a cada Missa e que cada Missa é um ato de Amor intacto de Jesus. Foi isso que eu disse para Jesus naquela noite.
Termino dizendo que se um dia o meu sangue for derramado no altar, podem ter a certeza de que eu sou o padre mais feliz da face da terra que vocês já conheceram.
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo! Para sempre seja louvado!
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